Irregularidades comprometem segurança dos trabalhadores
A obra de construção do viaduto do Complexo Salgadinho foi embargada, na manhã de ontem (09). Baseados em denúncia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE/PE) estiveram no local e resolveram suspender os serviços que estavam sendo realizados, depois de constatarem irregularidades.
Segundo a chefe do setor de Segurança e Saúde do Trabalhador da SRTE/PE, Simone Holmes, foram encontrados problemas como abertura de piso, trabalhadores sem cinto de segurança e instalações e andaimes defeituosos. “Em caso de acidentes, estes poderiam ser fatais. Por isso não foi possível dar um prazo para que os problemas fossem corrigidos enquanto se realizava a construção. A obra teve que ser interrompida imediatamente”, explicou.
Simone Holmes esclareceu, ainda, que os trabalhos só voltarão a ser realizados depois que a empresa responsável corrigir os problemas constatados e solicitar nova auditoria, através de ofício. “Somente depois da visita dos auditores poderemos decidir quando a obra será reiniciada”, disse.
A empresa que responde pela obra é a Construtora A. Gaspar, do Estado de Alagoas. O projeto é do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER), teve início em agosto de 2008 e já foi interrompido outra vez, no final daquele ano, por exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que exigia a redução na altura dos equipamentos.
O Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco elaborou uma nota afirmando que tanto o órgão quanto a Secretaria de Transportes do Estado não possuem responsabilidade sobre a questão trabalhista da obra e declarou, ainda, que isso foi firmado em contrato com a A. Gaspar. No texto, afirma-se que “sendo apenas responsável pelos serviços de engenharia, a Secretaria de Transportes já se reuniu hoje (ontem) com a empresa executora da obra e determinou o cumprimento das exigências da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco em 24 horas.”
Ontem à noite, o Jornal do Commercio tentou contato com a A. Gaspar, mas as ligações não foram atendidas.
Fonte: Jornal do Commercio
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