terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

MÉDICOS PARAM POR 4 DIAS

"Olinda é a única cidade que não negociou com os médicos".


Marcela Alves

A partir de hoje (09) até o próximo dia 12, os médicos dos ambulatórios e postos de Saúde da Família (PSFs) de Olinda irão paralisar o atendimento nas unidades de saúde. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria na última sexta-feira, dia 5 de fevereiro. Nos próximos quatro dias, os olindenses poderão contar, apenas, com os serviços de emergência e maternidade. “Das prefeituras do Grande Recife, Olinda é a única cidade que não fez nenhuma negociação com os médicos desde o ano passado”, explicou vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Sílvio Rodrigues. A paralisação faz parte da campanha salarial, que teve início ainda em dezembro. Esta já é a terceira vez que os médicos de Olinda promovem uma paralisação só neste ano.


Os médicos reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial. “Em Olinda, os profissionais recebem um salário de R$ 882. Aqueles que trabalham nas unidades de Saúde da Família recebem R$ 4 mil, a metade do que um médico ganha no Recife”, disse Sílvio Rodrigues. “Além disso, várias escalas estão defasadas, falta segurança e medicamento nas unidades de saúde”, acrescentou Sílvio. O sindicalista afirmou, ainda, que o Simepe entrou em contato com a Secretaria de Saúde do município para dar início às negociações, mas não obteve resposta positiva. No próximo dia 23, às 19h, uma nova assembleia irá decidir os rumos do movimento. “Não descartamos a possibilidade de pensar em greve ou demissão coletiva, caso essa situação continue”, concluiu o vice-presidente do Simepe.

A secretária de Saúde de Olinda, Tereza Miranda, espera que não haja a paralisação nos próximos quatro dias. Segundo a secretária, a gestão está aberta a negociações. “Nós estamos ouvindo a categoria, mas também estamos deixando-os cientes das dificuldades que o município tem para atender todas as exigências da categoria”, colocou a secretária, que pede a compreensão da categoria. Tereza adiantou, ainda, que a secretaria está entrando em contato com o Governo do Estado para buscar apoio. “O custeio do reajuste é muito pesado para a atual situação da cidade. Nós não temos condições, mas estamos buscando alternativas para responder as demandas”, afirmou. Quanto as melhores condições de trabalho, Tereza Miranda esclareceu que melhorias são feitas com frenquência nas unidades de saúde.
Fonte: Folha de Pernambuco

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